Altamira, Pará: palco das riquezas do povo e da Amazônia
- Moan
- 5 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 6 de jan. de 2023
Ei, você já ouviu falar de Altamira, o município mais extenso do Brasil?
Então imagine só quanta diversidade este lugar, rodeado pela Floresta Amazônica, pode nos apresentar!
Localizado no estado do Pará, região norte do Brasil, Altamira é cenário de muitas histórias, culturas e experiências turísticas, especialmente para conhecer as riquezas da floresta e das águas doces que dão vida à região do “Médio Xingu”.

A diversidade está presente na cultura, fauna e flora; o Médio Xingu é território de aproximadamente nove etnias indígenas, que ali viviam suas batalhas, anteriormente ao início da ocupação holandesa, em meados de 1615.
Os holandeses realizavam expedições pela mata, no trecho chamado de Volta Grande do Xingu, porém, não desafiavam navegar nas cachoeiras do rio. O império português os expulsou e de 1636 a 1760 promoveram as missões jesuíticas; assim, os primeiros homens brancos adentraram nas cataratas do Xingu.
Altamira teve seu primeiro crescimento econômico impulsionado pela extração de produtos da floresta: da “época da borracha” e das “drogas do sertão”. Em 1912, foi oficialmente emancipada do município de Senador José Porfírio e, em meados de 1940, a base extrativista começa a ser substituída por gado e garimpo.
O início das obras para construção da rodovia Transamazônica, em 1970, também causou grandes impactos socioambientais na cidade; em 2011, a implementação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a terceira maior do mundo, retoma o cenário de grandes mudanças para o município e região.
Hoje, quem visita Altamira, percebe a miscigenação de povos e a riqueza natural que o local abriga. Se você não está de carro, não se preocupe, aqui vão dicas de onde ir para aproveitar sua estadia por lá:
A cidade é cortada pelo Rio Xingu que pode ser contemplado da orla do cais, ótimo local para tirar fotos e observar a imensidão das águas que ganham tons roxos e prateados no fim da tarde. Você pode caminhar pela orla e provar comidas típicas nos quiosques e restaurantes e até mesmo tomar um banho de rio na praia.
Outra forma de aventurar-se no Xingu é alugando um caiaque; assim você pode remar tranquilamente e fazer paradas nas praias, especialmente no período do “verão” – de abril a setembro - quando as águas baixam. Com sorte, você poderá observar a fauna da região, como macacos guariba e espécies de aves.

A praia do Pedral é outro ponto bastante frequentado em Altamira. De fácil acesso, a 8 km do centro da cidade, o local garante um banho tranquilo e árvores para se abrigar do sol e curtir o dia todo. Lembre-se de levar algo para comer e beber pois não há serviço nas proximidades.
Se você prefere alguma estrutura, a praia do Massanorio é ótima opção para passar o dia. Os quiosques disponibilizam mesas e cadeiras na areia e servem bebidas, refeições e petiscos.
Os braços de rios, chamados de igarapés, são opção para banhos mais frios e afastados da cidade. Alugar
um carro para acessá-los é a melhor maneira.
A noite altamirense é animada por bares com música ao vivo e casas de festa, onde geralmente, o melody, brega e sertanejo agitam os dançarinos.

A manifestação da diversidade étnica e cultural da região pode ser conhecida em feiras periódicas, onde há venda de produtos indígenas, shows e atrações, a exemplo das apresentações dos grupos de carimbó, ritmo e dança que são tradição local.
Pra quem tem mais tempo em Altamira e quer vivenciar as belezas mais afastadas do centro urbano, opções não faltam! Acompanhe nosso blog e confira outras experiências que a região oferece em nosso próximo post.
Fonte:
Altamira e sua história – 4ª edição (Autores: Antonio Ubirajara Bogea Umbuzeiro e Ubirajara Marques Umbuzeiro) História e iconografia do Vale do Xingu (Autor: Antonio Ubirajara Bogea Umbuzeiro).
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